A presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Araçatuba e Região (Aliment-Ata), Dulce Elena Ferreira, está indignada com a proposta apresentada pela diretoria de uma multinacional do segmento alimentício instalado em Araçatuba, durante primeira rodada de negociação para acordo coletivo, que foi realizada nesta quarta-feira (10) em Limeira, com representantes da Federação e das bases onde a multinacional mantém suas fábricas.
Nesta quinta-feira (11) a presidente realizou assembleia em dois turnos com os colaboradores da multinacional, para expor e discutir as propostas apresentadas. Ela explicou que nesta primeira rodada a empresa já demonstrou que vai tirar diversos benefícios dos funcionários, além de não oferecer nenhum reajuste da PLR (Participação dos Lucros e Reais), fixado atualmente em R$ 3,5 mil por ano.
Com relação ao reajuste salarial, apesar do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ter sido de 11,08%, a empresa quer dar um reajuste de apenas 3,3%, o que significa redução no poder aquisitivo dos seus colaboradores.
Outro ponto que deixou a presidente indignada é a redução da hora extra, de 90% para 50%. Atualmente os funcionários têm direito ao plano de saúde familiar e reembolso na compra de medicamentos em geral. Pela proposta apresentada na rodada, a empresa quer tirar direito ao plano dos familiares deixando restrito apenas ao funcionário, além de passar a reembolsar apenas a compra de medicamentos que forem genéricos.
A presidente realizou a assembleia na porta da empresa com participação da diretoria do Aliment-Ata, o diretor Edson Ferreira e o advogado Alex Donini Silveira, e os presidentes dos sindicatos de Matão, Nelson Joaquim da Silva e de Araraquara, Antônio Gonçalves Filho. Uma nova rodada já está marcada para o próximo dia 17.
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